Giddens desenvolve um raciocínio bastante pessimista ante a modernidade. Este novo modo de vida,
que surgiu na Europa durante o século XVII e se tornou aos poucos mundial, roubou do indivíduo a
sua individualidade, deixou o homem imerso em um enorme vazio, onde ele está plenamente
desorientado.
O homem moderno não foi preparado para mudanças tão radicais em seus valores, convicções e
percepções da vida. Ele não consegue mais se objetivar em seu trabalho e nem consegue lidar com
máquinas que o imitam e o substituem.
Nesta angústia o homem começa a perder sua humanidade.
Para explicar este movimento em direção ao nada, Giddens utiliza uma visão históricodialética para
analisar a sociedade em questão. Esta visão dialética é a responsável pela dinâmica histórica que a
modernidade conduz o homem.
Segundo ele há um desencaixe espaçotempo na sociedade moderna.
O homem prémoderno, possuia um contato maior com a natureza e com sua vila. Este
contato lhe proporcionava uma ambientação diferente ante ao tempo que era medido pela sua
percepção natural.
O que não acontece na modernidade. O homem moderno utiliza o relógio, algo que em nada
se assemelha com a natureza para estabelecer suas noções temporais.
A modernidade também mudou a forma do homem se relacionar com os espaços, sua visão
de mundo era limitada o que lhe trazia a um contato maior com o seu próximo.
Com isso, Giddens faz uma análise da visão de pensadores do século XIX, buscando
acrescentálos a forma de entender o processo de modernização. Marx enxergava todo processo de
modernidade como um processo dialético que com a queda do modo de produção capitalista se
extinguiria para o surgimento de um modo de produção mais preocupado com o ser humano.
Durkheim enxergava na industrialização a possibilidade de uma existência mais harmoniosa onde os
valores individuais e a divisão do trabalho possibilitariam ao homem maior capacidade de
desenvolvimento como tal. Weber via com pessimismo este novo mundo moderno, pois ele se
controi na degeneração da criatividade e na perda da autonomia dos individuos.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário