quarta-feira, 10 de junho de 2009

As consequencias da modernidade segundo Giddens

Giddens desenvolve um raciocínio bastante pessimista ante a modernidade. Este novo modo de vida, 
que surgiu na Europa durante o século XVII e se tornou aos poucos mundial, roubou do indivíduo a 
sua individualidade, deixou o homem imerso em um enorme vazio, onde ele está plenamente 
desorientado.
O homem moderno não foi preparado para mudanças tão radicais em seus valores, convicções e 
percepções da vida. Ele não consegue mais se objetivar em seu trabalho e nem consegue lidar com 
máquinas que o imitam e o substituem. 
Nesta angústia o homem começa a perder sua humanidade.
Para explicar este movimento em direção ao nada, Giddens utiliza uma visão histórico­dialética para 
analisar a sociedade em questão. Esta visão dialética é a responsável pela dinâmica histórica que a 
modernidade conduz o homem.
Segundo ele há um desencaixe espaço­tempo na sociedade moderna.
  O homem pré­moderno, possuia um contato maior com a natureza e com sua vila. Este 
contato lhe proporcionava uma ambientação diferente ante ao tempo que era medido pela sua 
percepção natural.
 O que não acontece na modernidade. O homem moderno utiliza o relógio, algo que em nada 
se assemelha com a natureza para estabelecer suas noções temporais.
A modernidade também mudou a forma do homem se relacionar com os espaços, sua visão 
de mundo era limitada o que lhe trazia a um contato maior com o seu próximo.
Com isso, Giddens faz uma análise da visão de pensadores do século XIX, buscando 
acrescentá­los a forma de entender o processo de modernização. Marx enxergava todo processo de 
modernidade como um processo dialético que com a queda do modo de produção capitalista se 
extinguiria para o surgimento de um modo de produção mais preocupado com o ser humano.
Durkheim enxergava na industrialização a possibilidade de uma existência mais harmoniosa onde os 
valores individuais e a divisão do trabalho possibilitariam ao homem maior capacidade de 
desenvolvimento como tal. Weber via com pessimismo este novo mundo moderno, pois ele se 
controi na degeneração da criatividade e na perda da autonomia dos individuos.

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